O fim da série "Desperate Housewives" foi anunciado quatro anos atrás. “Desde o início eu tinha uma data para terminar. Para mim, aquilo estava gravado na pedra.”, disse seu criador Marc Cherry, em setembro de 2008, quando divulgava a estreia da quinta temporada. “Eu amo a série e eu amo meus atores, mas este é um dos trabalhos mais difíceis do mundo.” Embora declare seu amor a seus atores, pelo menos duas de suas protagonistas ficarão sem perspectiva de emprego após o sucesso estrondoso da série que, em sua primeira temporada, arrebatou nada menos que 23 milhões de americanos no ano de 2004. Hoje, este índice está para menos que a metade: nove milhões.
“Já naquela primeira temporada eu decidi que ia dedicar sete anos da minha vida, tudo bem, mas sei que, com isso, eu não terei muita vida pessoal. Vai ser impossível viajar ou até mesmo dar uma fugida no fim de semana porque montamos os episódios aos sábados. Existe um limite para o tempo que você consegue manter esse ritmo”, relata Cherry, que deverá matar um dos protagonistas da série, Mike Delfino (James Denton).
Naquela manhã quente de 2008, num dos estúdios da Universal onde a série é gravada (“Wisteria Lane” é o muito usado set “Main Street” da Universal, visto em vários filmes, inclusive a trilogia “De Volta Para o Futuro”) Cherry admitia que, se dependesse dele, “Desperate Housewives” terminaria na sétima temporada.
Em 2012, no início da produção da sétima temporada, como se sabe, as quatro atrizes principais da série negociaram salários inéditos na TV – mais de US$ 400 mil por cabeça, por episódio – enquanto, nos bastidores, começavam os primeiros ataques e contra-ataques do processo movido por Nicolette Sheridan contra Cherry por “abuso físico e demissão ilegal”. O processo voltou à mídia nesta semana após a divulgação dos depoimentos de Cherry e da atriz, que afirma estar desempregada desde que foi demitida.
Quando o processo finalmente chegou ao tribunal, neste primeiro semestre de 2012, soube-se que, juntamente com o fim da série, Cherry tinha decidido matar a personagem de Sheridan naquela mesma época em meados de 2008, em grande parte porque não aguentava mais a “conduta antiprofissional” da atriz.
Em retrospectiva, é fácil somar os fatores e concluir porque “Desperate Housewives” está terminando agora em maio: um criador cansado + problemas no set + elenco caríssimo+ audiência em queda livre. É um ciclo comum a todas as séries, e finalmente chegou a Wisteria Lane.
“Já naquela primeira temporada eu decidi que ia dedicar sete anos da minha vida, tudo bem, mas sei que, com isso, eu não terei muita vida pessoal. Vai ser impossível viajar ou até mesmo dar uma fugida no fim de semana porque montamos os episódios aos sábados. Existe um limite para o tempo que você consegue manter esse ritmo”, relata Cherry, que deverá matar um dos protagonistas da série, Mike Delfino (James Denton).
Naquela manhã quente de 2008, num dos estúdios da Universal onde a série é gravada (“Wisteria Lane” é o muito usado set “Main Street” da Universal, visto em vários filmes, inclusive a trilogia “De Volta Para o Futuro”) Cherry admitia que, se dependesse dele, “Desperate Housewives” terminaria na sétima temporada.
Em 2012, no início da produção da sétima temporada, como se sabe, as quatro atrizes principais da série negociaram salários inéditos na TV – mais de US$ 400 mil por cabeça, por episódio – enquanto, nos bastidores, começavam os primeiros ataques e contra-ataques do processo movido por Nicolette Sheridan contra Cherry por “abuso físico e demissão ilegal”. O processo voltou à mídia nesta semana após a divulgação dos depoimentos de Cherry e da atriz, que afirma estar desempregada desde que foi demitida.
Quando o processo finalmente chegou ao tribunal, neste primeiro semestre de 2012, soube-se que, juntamente com o fim da série, Cherry tinha decidido matar a personagem de Sheridan naquela mesma época em meados de 2008, em grande parte porque não aguentava mais a “conduta antiprofissional” da atriz.
Em retrospectiva, é fácil somar os fatores e concluir porque “Desperate Housewives” está terminando agora em maio: um criador cansado + problemas no set + elenco caríssimo+ audiência em queda livre. É um ciclo comum a todas as séries, e finalmente chegou a Wisteria Lane.
Desesperadamente desempregadas
Para as quatro atrizes mais bem pagas da TV norte americana, o futuro depois de “Desperate Housewives” é variado . E muito coerente com suas reações à ideia de um fim para seus personagens.
Felicity Huffman (Lynete Scavo), que já tinha uma bela carreira antes da série, está com a agenda de trabalhos cheia, começando pelo projeto dirigido e co-estrelado por seu marido William H. Macy, o drama “Rudderless”, que já está em pré-produção. “É bom ter um emprego de longo curso, eu entendo”, ela disse. “Eu adoro este trabalho e adoro vir para o set todos os dias quando estamos filmando. É uma benção. Mas também é um trabalho árduo, e ninguém dá mais duro que o Marc.”
De todas as quatro, Eva Longoria (Gabrielle Solis) é quem tem mais planos pós- Housewives: além do seu restaurante Beso – que, apesar de estar na moda desde a inauguração está passando por dificuldades financeiras – Longoria tem quatro novos filmes com estreias marcadas para este ano e 2013: o drama de guerra “Cristiada”, a comédia de ação “Baytown Disco”, o drama “Long Time Gone” e o thriller “The Truth”. “Eu estou triste mais por saber que não vou ver minhas colegas e a equipe, mas há tempos venho planejando ter mais tempo para mim e investir mais no trabalho em cinema.”, Longoria disse. “Temos que estar sempre crescendo e mudando, não é?”
Marcia Cross (Bree van de Kamp) fez uma ponta no estranhíssimo “Bringing Up Bobby”, um filme super-independente dirigido por Famke Janssen (a Jean Grey da série “X-Men”). E não tem mais planos além disso. “(O fim) é muito dificil.”, ela disse. “ Uma parte de mim pensa “não, não pode ser verdade, alguém tem que aparecer e mudar isso .” Outra parte pensa no velho ditado de que quando uma porta se fecha, outra abre. Nem sempre eu me sinto motivada, criativamente. Esse é o problema de uma série longa, nem sempre o foco é em você ou você não gosta, necessariamente, da direção que está sendo tomada.”
Teri Hatcher (Susan Delfino) não tem coisa alguma em sua agenda. Mas, de certa forma, pode ser a única Housewife a realmente estar pronta para o fim: “Eu sempre pensei no que aconteceria depois da série. Principalmente depois de cada episódio importante para Susan, minha personagem. Todo ator pensa assim. Todo ator sabe que este pode ser seu último trabalho. Tenho uma boa cabeça para negócios e sempre vi meu trabalho como uma empresa. Estou sempre planejando, controlando os gastos, antecipando o que pode dar errado.”
Para as quatro atrizes mais bem pagas da TV norte americana, o futuro depois de “Desperate Housewives” é variado . E muito coerente com suas reações à ideia de um fim para seus personagens.
Felicity Huffman (Lynete Scavo), que já tinha uma bela carreira antes da série, está com a agenda de trabalhos cheia, começando pelo projeto dirigido e co-estrelado por seu marido William H. Macy, o drama “Rudderless”, que já está em pré-produção. “É bom ter um emprego de longo curso, eu entendo”, ela disse. “Eu adoro este trabalho e adoro vir para o set todos os dias quando estamos filmando. É uma benção. Mas também é um trabalho árduo, e ninguém dá mais duro que o Marc.”
De todas as quatro, Eva Longoria (Gabrielle Solis) é quem tem mais planos pós- Housewives: além do seu restaurante Beso – que, apesar de estar na moda desde a inauguração está passando por dificuldades financeiras – Longoria tem quatro novos filmes com estreias marcadas para este ano e 2013: o drama de guerra “Cristiada”, a comédia de ação “Baytown Disco”, o drama “Long Time Gone” e o thriller “The Truth”. “Eu estou triste mais por saber que não vou ver minhas colegas e a equipe, mas há tempos venho planejando ter mais tempo para mim e investir mais no trabalho em cinema.”, Longoria disse. “Temos que estar sempre crescendo e mudando, não é?”
Marcia Cross (Bree van de Kamp) fez uma ponta no estranhíssimo “Bringing Up Bobby”, um filme super-independente dirigido por Famke Janssen (a Jean Grey da série “X-Men”). E não tem mais planos além disso. “(O fim) é muito dificil.”, ela disse. “ Uma parte de mim pensa “não, não pode ser verdade, alguém tem que aparecer e mudar isso .” Outra parte pensa no velho ditado de que quando uma porta se fecha, outra abre. Nem sempre eu me sinto motivada, criativamente. Esse é o problema de uma série longa, nem sempre o foco é em você ou você não gosta, necessariamente, da direção que está sendo tomada.”
Teri Hatcher (Susan Delfino) não tem coisa alguma em sua agenda. Mas, de certa forma, pode ser a única Housewife a realmente estar pronta para o fim: “Eu sempre pensei no que aconteceria depois da série. Principalmente depois de cada episódio importante para Susan, minha personagem. Todo ator pensa assim. Todo ator sabe que este pode ser seu último trabalho. Tenho uma boa cabeça para negócios e sempre vi meu trabalho como uma empresa. Estou sempre planejando, controlando os gastos, antecipando o que pode dar errado.”
Por:Ana Maria Baian
Do UOL, em Los Angeles
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